Ora bem: cá estou? Pensavam que tinha desaparecido do mapa, era? Bem sei que tenho andado ausente, quer dos vossos blogs quer até mesmo aqui do meu. Posso dizer-vos que têm sido umas semanas complicadas. Entre vírus no PC, recuperar o trabalho que se atrasou devido às férias e depois das últimos danos provocados por mais um furacão chamado "Patroas espanholas", quase não houve tempo para respirar. Stress e muito cansaço. Mas parece que agora as coisas vão finalmente acalmar.
E depois destas explicações, devem estar a pensar: "Ok, mas afinal falta um mês para quê?". Calma... já vão perceber.
As nossas vidas são preenchidas por pessoas, por emoções e por acontecimentos que nos marcam.
Existem pessoas que entram nas nossas vidas e nela permacem. Outras deixam de fazer parte da nossa vida. E nós próprios também entramos nas vidas de uns e saímos nas vidas de outros.
Cada vez é mais raro encontrarem-se pessoas que tenham sido companheiras durante toda uma vida. Falo de amigos. Falo de familiares. Falo da "cara-metade".
Muitas vezes os afastamentos acontecem por coisas de menor importância (as chamadas mesquinhices), outras vezes por factos de força maior obrigam a uma maior distância, outras vezes ainda porque as vidas corridas e rotineiras levam ao desgaste das relações.
A maior parte de nós já certamente passou por isso. Afastou-se de um amigo, perdeu o contacto com um familiar ou passou pelo quebrar de uma união.
Eu confesso: já passei por todas essas situações. Já fui eu a afastar-me e também já sofri com o afastamento de algumas pessoas.
Mas da mesma forma que "perdemos" pessoas, também as "ganhamos". Não há como o evitar... aparecemos na vida de outras pessoas, tal como outros surgem na nossa.
É normal e compreensível o sofrimento que se sente numa situação de ruptura, seja qual for o tipo de relação. Mas a vida, a menos que o nosso coração deixe de bater, não pára. E se cá estamos, então deveremos fazer os possíveis por estar o melhor que podermos. Mesmo que às vezes queiramos baixar os braços, desistir de tudo e abdicar da felicidade. Mas afinal, o que é que isso adianta? Nada! Todos nós devemos ser felizes. Melhor: todos nós devemos querer ser felizes! De outra forma nada faz sentido. É preciso (re)agir.
A minha vida passou por momentos muito conturbados, com rupturas de relações pessoais, profissionais e familiares. Depois de muito tempo a afogar-me na minha agonia, comecei a levantar-me aos poucos e percebi que não podia simplesmente ficar parada. Ainda não me ergui completamente, ainda não consegui colocar algumas coisas para trás das costas. Mas decidi que quero ser feliz. Quero ser e fazer alguém feliz.
E depois de já ter vivido um "daqueles" dias mais especiais que podemos viver, eis que daqui por 1 mês estarei a viver um dia semelhante. Sinceramente nunca julguei que o fosse viver mais uma vez. Afinal, eu acreditava no "sempre". No entanto, isso não sucedeu. Não culpo ninguém, tal como também não me isento de culpa. Apenas entendi que "sempre" e "nunca" são palavras que devemos evitar. E com a decisão que tomei, espero vir novamente a poder saborear o bom que é ter uma vida a dois, poder fazer planos em conjunto e voltar a conhecer a felicidade em pleno.
E o que tiver que acontecer, que simplesmente aconteça...
Colbie Caillat - "Realize"