Ora então vamos lá!

Pois é pessoal. Isto de ir de férias é muito bom, não há dúvida. Mas o trabalho extra que se tem que deixar adiantado antes do descanso merecido e o trabalho acumulado que temos que encarar quando regressamos são 2 factores que são capazes de retirar alguma da alegria no gozo das nossas férias. Ainda por cima, como se isto não bastasse, existiram algumas alterações de pessoal na empresa, uma das patroas estará cá na próxima semana e eu espero sinceramente que de Espanha não venham mais maus ventos.

Pondo de lado as preocupações laborais, vamos lá então fazer um pequeno relato das férias.

Foram cerca de 2 semanas de praia no Algarve. Mas confesso que, gostando imenso de praia, já não tenho paciência para levantar cedo, ir para a praia e passar lá um dia inteiro a churrascar ao sol. Deve ser um dos sintomas da PDI, penso eu. De forma que estas devem ter sido as férias em que passei mais tempo a dormir. Acordar antes 10h? Missão impossível. Arranjar coragem para saltar logo da cama? As ordens do cérebro não chegavam às pernas. Almoçar antes: das 14h? Pois, pois... Conclusão: a chegada à praia não se fazia antes das 16:30 ou 17:00. O que não é mau de todo. É o chamado horário para bébés, já que a partir dessa hora o sol não é tão forte.

E ida a banhos? Pois... se eu vos disser que apenas molhei os pés, vocês acreditam? Podem acreditar porque é verdade. Eu devia estar com o termostato avariado, porque achei a água muito fria. Valeu o acesso a uma piscina particular para tomar umas banhocas refrescantes.

Sim... são os meu pézinhos!

Ponto principal das férias? Conseguem adivinhar? Dou umas pistas: é escurinha, pequenina (não tanto como eu gostaria...) e muito fofinha. Já lá chegaram? Pronto, eu digo. Estou a referir-me à minha filhota Netty.

Ela foi um verdadeiro sucesso na praia. Sim, é proíbido levar cães para a praia mas, eu que sempre cumpro as regras, infrigi esta lei. Tive sorte que a polícia marítima não apareceu (nesse caso lá teria que pagar uma multa) e os nadadores salvadores não punham qualquer obstáculo à existência de cães na praia.

Como estava a dizer, a Netty foi um sucesso. Mesmo quietinha debaixo do "sombreiro" (é assim que os algarvios chamam ao guarda-sol), quem passava por perto não resistia a vir pedir para fazer festinhas e fazer perguntas e elogios sobre a minha cadelinha. Tanto portugueses, como turistas estrangeiros. Muitos perguntaram qual a raça dela e quando eu lhes dizia que ela é rafeira, filha de mãe arraçada de caniche e pai incógnito, eles não acreditavam. Houve até um casal que perguntou se ela tinha algum irmão para dar ou vender porque tinham tido um cão muito parecido que tinha morrido pouco tempo antes. As crianças então vinham sentar-se junto dela para brincarem com ela. Parece que a Netty tem mesmo muito carisma.

A Netty além de dormir na praia, sendo que algumas vezes me juntei a ela, também se fartou de fazer buracos na areia e colocar o focinho lá dentro, tal como ilustram as fotos seguintes. Acho que era para sentir o fresquinho da areia.

Numa das vezes em que ela se encontrava a fazer um buraco enorme, eu preguei-lhe uma partida... Tapei-a toda com areia deixando apenas a cabecinha de fora. Acho que ela até gostou! Ficou quietinha por uma série de tempo. Devia estar a saber-lhe bem o fresco da areia.

Entretanto, a Netty começou a mudar a dentição... consegui ainda guardar alguns dos dentes que caíram. Não tarda e está uma senhorinha! :D

Além das aventuras e traquinices com a menina Netty, as férias serviram também para descansar um pouco do stress do dia-a-dia, tentar colocar os pensamentos em ordem e tomar algumas decisões. Mas isso é assunto para mais tarde.

Por agora o post já vai longo e ainda tenho aqui papéis a "piscarem-me o olho"...

Fiquem bem e admirem algumas esculturas de areia que estavam numa rua de Albufeira!